QUEDA...

 

Queda no consumo do etanol

impulsiona a venda de gasolina

 

O consumo do álcool apresentou queda de 31% no início de 2012

 

 

PAULO Miranda Soares: “Em termos de custo-benefício,

não compensa abastecer com etanol”

 Crédito: Asscom/Minaspetro

 

*Jornalista (JP)*

Felipe José de Jesus.

FENAJ:15.263-MG (SJPMG)

 

                O início de 2012 foi marcado pelo alto consumo de gasolina em Minas Gerais. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre janeiro e fevereiro deste ano, foram consumidos 688,4 mil metros cúbicos do combustível, 12,6% a mais do que no mesmo período de 2011, quando os números não ultrapassaram 611,2 mil metros cúbicos.

              Segundo dados fornecidos pela ANP ao jornal Edição do Brasil, o crescimento se deu em contrapartida à queda de consumo de etanol hidratado. Em 2012, 79,1 mil metros cúbicos foram negociados. Já em 2011, 115, 2 mil, diferença de 31,3%. Para a ANP, a expectativa é que o consumo de gasolina aumente ainda mais, devido ao crescimento econômico e a substituição do uso do etanol hidratado pela gasolina nos carros Flex

            O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Luiz Custódio Cotta Martins, afirma que este cenário se formou pelo fato de que o setor não está conseguindo manter preços competitivos frente à gasolina, que desde 2005 mantém o mesmo patamar de valores. “Desde esta época, a gasolina é vendida da produção para a distribuição a R$ 1,55 o litro, enquanto o custo de produção do etanol já subiu mais de 100% no mesmo período. Para ser competitivo e conseguir a mesma rentabilidade, o preço do etanol tem que ser 70% menor do que o da gasolina, e isto não é tão simples”, completa. 

 

Custo-benefício

                Paulo Miranda Soares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Minaspetro), acrescenta que os consumidores optam por abastecer com gasolina exatamente por causa do custo-benefício.

“Não compensa abastecer com etanol, uma vez que ele queima 30% mais rápido do que a gasolina, isso de certa forma é um prejuízo enorme para os motoristas. Esse combustível só é vantajoso se olharmos bem o preço. O valor médio da gasolina em Minas é de R$ 2,753, já o etanol R$ 2,109, segundo o último levantamento da ANP”.

                Em relação ao carro Flex, Miranda diz que a escolha do combustível não é por falta de orientação dos consumidores. “Hoje ele está mais exigente, procura conhecer sobre o carro que adquire. Justamente por este motivo, sabe identificar quando o combustível, gasolina ou etanol, é vantajoso ou não. Neste caso, mesmo o etanol tendo um preço mais em conta, exige mais gastos financeiros por parte do consumidor. Como dito, a gasolina tem sido a melhor alternativa para o condutor”, conclui Paulo Miranda.

 

Outros Estados

            De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), outros estados tiveram taxas de crescimento no consumo de gasolina superior a Minas Gerais no 1º bimestre de 2012: Alagoas (28,7%), Amapá (22,6%), Amazonas (14,8%), Bahia (20,3%), Ceará (25,4%), Espírito Santo (14,6%), Goiás (16,8%), Maranhão (24,9%), Mato Grosso (42,1%), Mato Grosso do Sul (23,6%), Pará (21,0%), Paraíba (20,4%), Paraná (35,2%), Pernambuco (28,9%), Piauí (22,0%), Rio de Janeiro (13,9%), Rio Grande do Norte (23,2%), Rondônia (18,7%), Santa Catarina (15,5%), São Paulo (30,5%), Sergipe (17,1%) e Tocantins (22,2%).

 

 

CRESCIMENTO...

 

 

Seguro residência

cresce no Brasil

Mesmo com alta, serviço atinge apenas 10% da

população brasileira segundo IBGE

PAULO: “As seguradoras começaram a usar o produto como atrativo

de fidelização e benefícios, como exemplo, com o de automóvel”

(Foto: Confiança Seguros)

 

 

*Jornalista (JP)*

Felipe José de Jesus

DRT:15.263-MG (SJPMG)

Matéria publicada em JEB e JCE

Entrevista realizada por telefone

 

                Seguro Incêndio, Vida e etc. Estes são alguns dos mais conhecidos e que sempre foram muito requisitados pelos brasileiros, contudo, uma novidade no ramo, vem chamando atenção de muitos consumidores e corretores, o Seguro Residência. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o serviço teve alta de 16,86%, com arrecadação de R$560 milhões de janeiro a novembro deste ano. A adesão ao produto corresponde a 10% no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), todavia, a expectativa é de crescimento para 2012.

                Segundo informações da assessoria do SUSEP, o aumento se deve pelo interesse das seguradoras pelo produto, já que ele tem demonstrado resultados significativos. Um dos pontos fortes é por que ele está sendo acoplado pelas corretoras de seguro, a outros ramos, como, o seguro automóvel e o de vida, uma venda conjunta. Portanto, fazendo com que os assegurados tenham o maior interesse.

                Para Paulo Hostyn, corretor de seguros autônomo em Minas Gerais e assessor comercial da Confiança Seguros em São Paulo, o interesse pode estar acendendo, mesmo que ainda devagar, por causa da mudança de postura dos profissionais da área.

                “O Seguro Residência não era prioridade das seguradoras. Isto por seu prêmio de baixo valor e alta percentagem de comissionamento utilizado. Não havia interesse que agregasse as seguradoras, valores neste produto, não obstante, sempre esteve nas prateleiras. A nova postura de venda deste produto lhe deu outra conotação. As seguradoras começaram a usar o produto como atrativo de fidelização e benefícios, como exemplo do Seguro de automóvel com o residencial, esta nova forma de comercialização fez com que o residencial começasse a desapontar nos comparativos de vendas da SUSEP”, diz.

 

Benefícios para os assegurados >>

                Segundo Paulo, além da mudança de postura, outros fatores que estão ajudando a trazer mais adeptos ao seguro, são os benefícios que ele oferece ao assegurado. “O residencial ainda é pouco conhecido e utilizado seja em Minas Gerais, São Paulo e etc. Atinge pouco parte da população, 10%.  Contudo, acredito que é cultural a pouca utilização do seguro  residencial, até porque,  o sistema financeiro vende a idéia, de que a aquisição da moradia esta acompanhada do Seguro Residencial, ai forma a confusão na cabeça do consumidor. Em termos de benefícios afirmo, são vários, além das garantias básicas como seguro incêndio,  os benefícios do 24 horas, linha branca e marrom, que denominamos de linha banca: geladeira, maquina de lavar e outros. Já a marrom,  os equipamentos eletrônicos. Este adicional ao produto veio ao encontro das necessidade das donas de casa, pois, em caso de pane,  o seguro passa a ser a melhor opção, já que agrega confiança nos profissionais direcionados para o atendimento, sem o custo de mão de obra”, afirma.

 

Vantagens para as seguradoras>>

                De acordo com Hostyn, uma das vantagens vistas para as seguradoras é a fidelização do cliente.  “Os benefícios das seguradoras são a fidelização do cliente. Os atrelamentos do produto a outros interesses de venda, visto seu custo baixo, com remuneração baixa em pacotes agregados a outros produtos de seguro, como exemplo, o de Automóvel e Vida, vem ajudando os profissionais da área”, diz.

 

Imprensa pode impulsionar >>

                Para Paulo para que o serviço se torne mais massivo no Brasil, a imprensa com os jornais, assessorias de imprensa e rádio podem ajudar mais neste processo. “Falta o interesse da mídia. Contrário do interesse de vocês do Edição do Brasil, neste momento pelo assunto. As Seguradoras devem investir mais na divulgação deste ramo de seguro. Isto para que no futuro, o seguro entre no Microseguro, trazendo preços atraentes com coberturas sociais abrangentes e de grande utilidade para os brasileiros. Contudo digo, a imprensa pode nos apoiar mais”, conclui o corretor.

                Outras informações a respeito do Seguro Residência pelo: www.susep.gov.br

                  

 

ABSURDO...

 

Alimentação em alta faz inflação

de Belo Horizonte disparar

IPCA da capital fechou 2011 em 7,22%, bem acima do teto de 6,5% esperado

 

O aumento de 5,5% assutou os consumidores (Foto: Divulgação)

 

 

Jornalista (JP)

 João Alberto Aguiar 

Do Jornal Hoje em Dia -MG

 

                 A inflação de Belo Horizonte, em 2011, foi a maior dos últimos sete anos. A alta foi de 7,22%, índice que extrapola - e muito - a meta do governo federal para o período, de 4,5%, com teto de tolerância de 6,5%. Dentre os grandes grupos, Alimentação apresentou a maior variação, subindo 9,77%, com destaque para alimentação fora da residência, que teve acréscimo 14,15%. Já o item Não-alimentares teve crescimento de 6,6%, com mais força no setor de gastos públicos, como transporte, energia elétrica e combustíveis, que apresentou alta de 9%.

                O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, foi divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG). Segundo o levantamento, o item ligado ao segmento de alimentação que mais contribuiu para a alta da inflação foi a refeição, por exemplo nos self-services, restaurantes e churrascarias, com variação de 15,83% e contribuição de 0,55 ponto percentual na variação total de 7,22%.

                Quem gosta de relaxar e confraternizar nos barzinhos de BH também pagou mais. É que o preço da cerveja em bares e restaurantes cresceu 19,45%. A contribuição, indicador que leva em conta a variação e o peso que cada produto exerce no orçamento familiar, foi de 0,14 ponto. Ainda entre os artigos alimentícios, a maior queda foi registrada na laranja (- 31,21%).Em 2010, os produtos, entre todos os grupos, que tiveram maior variação foram o ingresso para jogos (80,62%) e o feijão carioquinha (51,87%). Já o pão francês subiu 12,95% e o estacionamento, 10,52%. Por outro lado, em 2011, a maior alta ocorreu com o tomate (61,86%), seguido pelo quiabo (55,58%) e joias (32,22%). O pão francês teve a menor queda ante 2010, de apenas 5,61%. Já o estacionamento apresentou grande alta, de 18,38%.

 

INFLAÇÃO >>

                Segundo o professor e coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Ipead, Wanderley Ramalho, a inflação “surpreendeu, mas não assustou”. Para ele, apesar de o índice ter ficado acima dos 6,5% esperados, ele “vai voltar ao leito normal em 2012”. No ano passado, a inflação em Belo Horizonte, até abril, era de 4,48%, número bem próximo da meta anual. Para o início de 2012, Ramalho espera mais pressão sobre a inflação, devido, principalmente, aos reajustes do salário mínimo, escolas e ônibus. A cesta básica também cresceu, de R$ 241,74, em 2010, para R$ R$ 266,73, em 2011, alta de 10%. Os juros anuais “continuam na estratosfera”, com destaque para o cartão de crédito (324,79%). O cheque especial chegou a 168,24%.


 

FALTA CONTROLE...

 

 

Segurança privada cresce de forma

desordenada segundo Sindesp-MG

 

 

Jornalista (JP)

Felipe José de Jesus

DRT:15263-MG (SJPMG)

 

                Nos dias atuais, a violência que já toma das ruas, agora começa a entrar nas casas, empresas e grandes organizações, gerando uma enorme preocupação e insegurança entre os cidadãos brasileiros. De acordo com dados do estudo recente, Mapa da Violência 2011, a taxa de homicídios no Brasil aumentou 17,8% entre os anos de 1998 até 2011, passando de 41.950 para 50.113 homicidios por ano.

                Porém, para tentar deter este quadro de violência, a segurança privada vem tomando dimensões e segundo dados da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), até dezembro de 2011, o setor apresentará crescimento acima dos 30%, e vai movimentar cerca de R$15 bilhões. Contudo, de acordo com sindicatos da entidade, este aumento vem acontecendo de forma desorganizada e preocupando representantes.

                Para falar sobre o assunto, em entrevista ao jornal Edição do Brasil, o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais (Sindesp-MG), Edson Pinto Neto, fala da importância do serviço, crescimento desordenado e afirma que ter a experiência no setor é fundamental.

                “Existe um aumento, milhões de empresas novas. Contudo, quando falamos de falta de organização, é por causa dos aventureiros. São os que entram para o segmento com o intuito de ganhar apenas dinheiro, só que esquecem que o nosso patrimônio são as pessoas e acabam tocando uma empresa sem a menor condição e acabam falindo. Temos um estudo recente. Nos últimos cinco anos, abriram cerca de 48 empresas em Minas e logo fecharam 28, assim da para ver, como precisa de experiência, conhecer o sindicato. As pessoas entram no meio, por que vem em jornais que aumentou a criminalidade, assim o setor melhorou, tem mais empregos, mas não é desta forma. É um serviço de extrema importância, por isso tem que saber capacitar, pagar seus impostos em dia”, lembra.

 

Público >>

                Questionado sobre qual é o público alvo do setor e o que mais contrata os serviços de segurança privada, o presidente ressalta que uma boa porcentagem de contratações são feitas pelo setor público. “Não existe um público alvo, temos que atender a todos que precisam do trabalho, é a nossa meta. Claro, não podemos deixar de falar que hoje, de 100% dos contratos, 48% são feitas pelo setor público e os 52% restantes, registrado no serviço privado. Conseguimos atender bem o público, no geral”, diz

 

Legalidade e riscos >>

                Segundo Edson, muitas empresas entram no ciclo de falência pela falta de legalidade e segundo ele, os contratantes também podem ser lesados pós contratação, destas empresas ilegais. “Temos uma legislação especifica a Lei. 7102, que revê a segurança privada. Temos um órgão fiscalizador da Policia Federal. Nós recebemos uma concessão anual para funcionar, por isso, se não estiver tudo ok, ela não consegue renovar o seu alvará de funcionamento. Por isso muitas empresas fecham, o custo é alto. Às vezes a pessoa entra sem capital e ai não da conta. Por isso, é valida a legalidade. Fora isso, quem contrata um serviço irregular corre sérios riscos. Agressões lesões corporais ou quaisquer conseqüências advinda do uso da arma de fogo por vigilantes de empresas irregulares, pode levar o contratante a responder criminalmente pelo fato. Lembrando que todo erro no setor, nós representantes de sindicato, é que somos os primeiros a serem procurados pela imprensa, nem tanto a empresa que falhou”, adverti.

 

Graduação na área faz diferença >>

                De acordo com o presidente do Sindesp, um dos diferenciais do ramo atualmente é a graduação tecnológica em segurança privada, já oferecida em instituições renomadas em Minas. “Desde o ano de 2003, existe o curso na área. Em Belo Horizonte algumas das melhores como UNI-BH, Fumec e Novos Horizontes já preparam o profissional para atuação. É um curso onde a pessoa vai adquirir conhecimentos e habilidades para analisar, criticar e atuar eficientemente nos setores de segurança empresarial, pessoal e também residencial. Para o profissional atuar em ótimas esferas. Entre os locais, o setor privado e também o setor público. É um orgulho para nossa classe, ter o curso superior da área, mostrar que existem profissionais comprometidos e a disposição das contratantes, com embasamento para atuar corretamente”, finaliza.

                Outras informações a respeito da profissão e do sindicato pelo: https://www.sindesp-mg.com.br .

 

 

MAIS INVESTIMENTOS...

 

 

Café mineiro lidera 52% da produção

mas fabricantes tem que investir mais

 

Brasil é responsável por 40% da produção mundial,

 porém EUA é o maior consumidor

 

 

 

Jornalista (JP)

Felipe José de Jesus

DRT:15263-MG (JP) (SJPMG)

Foto: Divulgação    

Matéria: JEB e JCE

Foto: Divulgação                                                        

                                                

                Das lavouras de Minas Gerais, diretamente para as mesas internacionais. Este tem sido o caminho percorrido pelo café colhido nas estâncias mineiras. O Estado é um dos maiores produtores do Brasil e de acordo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), o Estado representa cerca de 52% da produção nacional, liderando vendas internacionais do agronegócio. Somente de janeiro a julho de 2011, a receita das exportações mineiras de café alcançou US$ 2,9 bilhões, cifra de 56,53% superior ao registrado no mesmo período de 2010.

                No entanto, mesmo com estes altos índices, especialistas agrônomos advertem que para abrir mais portas no mercado, é necessário que o produtor/empresário além da paixão pelo fruto, faça mais investimentos e melhoramentos em sua produção. Em entrevista, o engenheiro agrônomo, Niwton Castro Moraes, assessor especial para Café da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, lembra que é indispensável que o elaborador saiba como gerir o seu negócio.

                “O ponto fundamental é montar um plano de gestão, por mais simplificado que seja. Por exemplo, é indispensável conhecer o custo de produção, avaliando possíveis pontos a serem trabalhados na busca de eficiência, seja na racionalização dos fatores de produção, seja na busca do aumento de produtividade. A partir daí, outros benefícios e serviços podem ser agregados, como melhoria da qualidade, certificação, associativismo, entre outros”, diz.

                O engenheiro ainda completa dizendo, que os pontos enfatizados são relevantes para os agentes da cadeia produtiva do café. “A sociedade vêm demandando produtos que tenham uma certificação quanto a sua origem, qualidade, identificação geográfica, produzidos em conformidade com as boas práticas agronômicas e de acordo com a legislação ambiental e trabalhista. Ou seja, os produtos das propriedades cafeeiras devem apresentar, além das características intrínsecas de um bom café, os aspectos da sustentabilidade do sistema produtivo. Esta exigência da sociedade tem sido um grande desafio para todo agronegócio do café”, lembra.

 

<< Mudança >>

                De acordo com João Ricardo Albanez, superintendente de Política e Economia Agrícola da Subsecretaria de Agronegócio (SAG), para que o Brasil consiga alcançar o patamar de mercado da Alemanha e outros, é necessário mudar o olhar. “O Brasil é responsável por quase 40% da produção mundial, bem a frente do Vietnã, que responde por 13,5%, mas os EUA são os maiores consumidores. Os produtores brasileiros aperfeiçoaram as práticas agronômicas bem como a qualidade do grão do café produzido. Toda essa melhoria da postura dos cafeicultores permitiu que se especializassem na produção do grão. A diferença é que os países, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Itália, etc. buscaram a especialização no refinamento da bebida, para consumidores exigentes e com isso conseguiram agregar mais valores ao grão de café. Quer dizer, eles agregam mais valor ao produto, tendo este ponto de partida”, ressalta.

 

<< China >>

                Questionado sobre as negociações com a China, João Ricardo diz que será uma ótima abertura, todavia ele lembra que o marketing será um ponto forte. “A China contém quase 20% da população mundial e vem apresentando crescimento econômico espetacular. Esses fatores têm propiciado uma mudança no hábito alimentar e o consumo de alimentos processados tem ampliado, resultando na redução dos estoques mundiais de alimentos e incremento nos preços das commodities agrícolas. Há uma grande expectativa do agronegócio do café de que os chineses incorporem a bebida em seus hábitos alimentares. Caso essa perspectiva se consolide, será um mercado incalculável para os brasileiros. Contudo ressalvo, é muito importante investir em marketing para que o café brasileiro seja apreciado e valorizado neste mercado.

 

<< Maiores produtores de Minas Gerais >>

                De acordo com Níwton Castro Moraes, os principais produtores de café do Estado estão concentrados na região sul de Minas.O Estado apresenta 604 municípios com cultura do café, segundo o IBGE, o que demonstra a relevância dessa tradição no Estado, nos aspectos socioeconômicos e ambientais. Lembro, a produção destes municípios destacados representa 17,7% da produção mineira de café. Deixo uma tabela com os principais”, conclui.

 

   

UM ANO...

 

Obrigatoriedade do Código de Defesa

faz aniversário com 28 multas em 2011

 

A medida que completou um ano de vigência,

já arrecadou mais de 19 milhões 

De acordo com Luiz, os consumidores estão mais seguros  

 

Jornalista (JP)

Felipe José de Jesus

DRT:15263-MG (JP) (SJPMG)

 

                 Uma multa de até R$1.064,10, para donos de estabelecimentos que descumprirem a Lei nº 12.291, que obriga estes prestadores de serviço, a disponibilizarem um exemplar do Código de Defesa do Consumidor. Este é o valor que foi estipulado no dia 20 de julho de 2010, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de trazer consenso e sanar dúvidas entre consumidores e vendedores.

                A medida que completou um ano de vigência, já aplicou mais de 20 multas em 2010 e 28 somente em 2011, segundo o Ministério da Justiça, totalizando arrecadação de R$19 milhões. Todavia, já traz bons resultados de acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), pois os conflitos estão sendo esclarecidos entre consumidores e varejistas, gerando confiança entre as partes.

                Em entrevista, o Diretor de Relações Institucionais da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva, fala da Lei nº12. 291, e lembra que os consumidores após um ano de medida, estão mais seguros diante norma. “Um ano, e hoje é possível perceber que medida já é seguida de forma quase integral, tanto por varejistas de shopping, que já registraram resultados positivos em confiabilidade e aumento de vendas, quanto para o comércio que mostra bons efeitos. Outro fato positivo, é que também com o livro do Procon em cada estabelecimento, os ruídos entre consumidor e loja diminuíram muito, é um reflexo. Agora os consumidores estão mais seguros quando verificam as dúvidas levantadas através do livro”, afirma.

                De acordo com o comerciante Ronaldo de Freitas, dono de uma loja de materiais elétricos na região Oeste de Belo Horizonte, a obrigatoriedade criou uma aproximação entre consumidores, porém ele afirma que eles estão mais exigentes.

                “Eu cheguei a ser multado no fim de 2010, um prejuízo de R$ 1 mil. Hoje o que percebi, foi uma mudança de postura dos consumidores. Eles estão mais informados e cobram nosso entendimento sobre o tema. Inclusive, tenho explicado em detalhes sobre os produtos que vendo, pois consta no código que devo dar a informação adequada sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, qualidade e etc. Com isso minha clientela aumentou 17%, e meus lucros mensais em 25%. Vale seguir a Lei”, afirma o comerciante.

                Segundo Luiz da Alshop, o número de multas hoje é menor  em relação há anos sem a obrigatoriedade, no entanto ele lembra que o consumidor deve ter o seu em casa. “Com certeza as multas diminuíram após a Lei. Agora o varejista tem noção e sabe do valor que terá que pagar, seja primário ou não. Mesmo tendo o índice de 28 multas em 2011 a nível nacional segundo Ministério da Justiça, criou-se boas saídas. Os comerciantes estão atendendo melhor, e isto mostra que eles estão antenados. Porém lembro, é bom que o consumidor tenha sempre em mãos, o seu código, e se não tiver muito conhecimento, ir atrás, pois são direitos”, conclui.

 

<< Cartões de crédito no ranking  >>    

                Entre os diversos segmentos comerciais multados, de acordo com dados do Instituto de Defesa do Consumidor – Procon, no Distrito Federal, as empresas de cartão de crédito lideram.  As empresas de cartão registram 38,3%, em segundo lugar vêm às companhias de telefone com 28,3% e logo, instituições financeiras e fabricantes de automóveis.

                Para mais informações e para denuncias a respeito da falta do código nos estabelecimentos, o Procon de Belo Horizonte atende pelo: (31) 2108-5500. Já o exemplar, pode ser baixado pelo site da Câmara de Dirigentes Lojistas-BH (CDL). www.cdlbh.com.br.

 

EXPANSÃO....

 

Embaré investe no longa vida

com aporte de R$ 24 milhões

 

 

  

Jornalista (JP)

Felipe José de Jesus

DRT:15263-MG (SJPMG)

* Repórter foi no lançamento por convite da Embaré *

 

 

                A Embaré, fábrica de derivados de leite que fica localizada em Lagoa da Prata, Centro Oeste de Minas Gerais, com 76 anos de vida, é conhecida pelos consumidores, através de suas balas, caramelos e o tradicional leite condensado, o Camponesa. Porém, para acompanhar as tendências mercadológicas e exigências do consumidor, decidiu ampliar o seu mercado, só que desta vez, em um comércio dominado por grandes marcas do setor leiteiro, Batavo, Nestlé, Itambé e etc, com o leite longa vida (UHT).

                O novo produto foi lançado no dia 3 de agosto, em uma coletiva de imprensa. De acordo com dados da Embaré, cerca de R$ 24 milhões foram investidos para a concepção do novo fruto, incluindo maquinário de alta tecnologia importado da Suíça. Cerca de 200 convidados entre empresários, representantes da empresa e jornalistas estiveram no local.

                De acordo com o presidente da Embaré, Haroldo Antunes, o novo produto será mais uma nova opção para os consumidores, além disto, ele falou dos reflexos que o investimento trará para a região. “O empreendimento, que está praticamente na sua primeira fase, era um sonho antigo e que conseguimos concretizar. O consumo de leite vem crescendo expressivamente no Brasil, por isso com este novo produto, criaremos novos empregos. Hoje temos 1350 funcionários, e já contabilizamos mais de cem empregos diretos, contudo, isto vai gerar também, mais cem indiretos. Destes, podemos destacar, motorista para coleta de leite, para distribuição, funcionários para a produção do leite em fazendas e outros. Um total de mais de 200 empregos, e outros serão motivados”, disse.               

                A nova linha de leite longa vida da Embaré, terá capacidade de produção de 300 mil litros/dia de acordo com dados da companhia. Segundo Antunes, a expectativa é de alcançar cerca de 10% do mercado de leite longa vida em Minas Gerais e interior do Rio de Janeiro. “Queremos obter este índice em até dois anos, se possível. Lembrando, esta nova linha vai proporcionar a abertura de outros canais de vendas, fora isso, iremos atender os nossos compradores, com leites para diferentes perfis de consumidores. Exemplo, temos o Camponesa integral, semi-desnatado e o leite zero. Além disto, outro diferencial é a tampa de rosca da Tetra Pak, parceria com a Embaré. O preço será o mesmo dos top de linha, mas com estes diferenciais”, ressaltou.

                Atualmente a Embaré tem faturamento anual na casa dos R$ 600 milhões. Questionado sobre a receita estimada para 2011, o presidente disse, que é cedo para falar em números, mas ele afirmou que a expectativa é positiva. “É um número bastante difícil de ser informado. Não queremos dar um dígito inválido. Sendo assim, deixaremos para outra oportunidade, quando estivermos com mais experiência. Mas as expectativas são as melhores possíveis”, enfatizou.

 

<< Concorrência >>

                Por ser uma empresa com 76 anos no mercado, produtos conhecidos pelos consumidores, Antunes afirmou que a marca Embaré, com este novo fruto, pesará com muita força frente aos concorrentes. “Temos mais de 70 anos no mercado, os consumidores já conhecem nossos produtos e nos dão muita credibilidade. Acreditamos que este fator pesará favoravelmente para nosso lado, com a inserção do longa vida. O leite em si, é um produto muito consumido, frequente na mesa das famílias brasileiras, e a marca da Embaré, vem para se tornar uma ótima alternativa”, lembrou.

 

<< Abertura de portas em 2011 >>

                Além do leite, a Embaré também trabalha com a produção do leite em pó, condensado, creme de leite, entre outros produtos que são exportados atualmente para mais de 40 países. Para Antunes, o leite representa hoje, uma criação de oportunidades. “O leite será um abridor de portas, sem dúvidas, por que ainda temos algumas dificuldades na região. Já temos alguns produtos no mercado com muito sucesso. Mas tenho certeza, o leite longa vida será o carreador de abertura para os nossos demais produtos”, concluiu o presidente da Embaré, Haroldo Antunes.