CLASSE C...

 

Mercado imobiliário cresce e Classe

C domina intenção de compra

 

Especialista da FGV lembra que o Brasil está

em 4º lugar no ranking de sustentabilidade

 

Jornalista (JP)

Felipe José de Jesus

FENAJ:15.263-MG (SJPMG)

Matéria JCE e JEB

 

                Uma das aquisições mais desejadas pelos brasileiros, segundo o  Instituto Data Popular (IDP), não é mais tanto o automóvel, mas sim, a casa própria. Atualmente, cerca de 11 milhões de famílias da classe C, 57,6% estão de olho neste mercado e investindo em imóveis até mesmo na planta. Para especialistas financeiros, o aumento da procura e a possibilidade de compra deste grupo vem demonstrando uma mudança significativa no setor imobiliário brasileiro.

                Em entrevista ao jornal Edição do Brasil, Marcio Pagliario Gonçalves, engenheiro e professor da MBA em Gestão de negócios imobiliários e da construção civil da Fundação Getúlio Vargas (FGV), faz uma analise deste cenário a partir da entrada da Classe C. Já questionado sobre o mercado, o especialista diz que o país está em um momento confortável.

                “No geral, o mercado imobiliário está muito bom. O Brasil conseguiu alternar a faixa de renda, ou seja, 50% da população está podendo investir, ou mesmo tem a intenção. De 1964, período em que surgiu os conjuntos habitacionais, o BNH, para 2012, com os programas de habitação e facilitação de crédito, quem é o grande comprador hoje, não é a classe A e B, mas sim, a C e D. Estes dois grupos tiveram créditos e prazo. Hoje eles representam quase de 100 milhões de brasileiros, ou seja, estão com metade do bolo. Uma mudança significativa para a economia”.  

                De acordo com Marcio, outro impulso para a entrada do consumidor na aquisição de imóveis no Brasil, foi através do programa do Governo Federal, ‘Minha Casa Minha Vida’. “Ele impulsionou as construtoras brasileiras. Muitos terrenos que estavam captalizados, ou seja, eram muito caros, foram utilizados e pós as construções, foram passados para frente. Uma boa parte destes compradores, ou seja, das pessoas que adquiriram imóveis são da Classe C. Além disto, podemos somar as taxas de juros de financiamento que vem baixando”, diz. A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou no dia 5 de maio, uma queda de 9% para 8,5% nas taxas para financiamento.

 

Estética e localidade

                Questionado sobre qual é o tipo de habitação e localidade que vem sendo mais procurado pelos mineiros, o engenheiro afirma que bairros mais próximos do Centro de Belo Horizonte, tem sido preferência.

“De uma forma geral em BH, logicamente o mineiro quer morar perto das facilidades. Coisas que o paulista e o carioca fazem o contrário, pois eles preferem migrar para as periferias. Fora a localidade, em padrões de estética, os compradores querem morar no Centro, em condomínios, locais mais restritos. Certamente, esta escolha se dá pelo menos em BH, por causa de um dos problemas mais preocupantes, a mobilidade urbana, algo que vem sendo discutido demais”.

 

Sustentabilidade uma preocupação

            Hoje uma das preocupações das construtoras é em relação à sustentabilidade, porém, Marcio explica que este termo, não se delimita a fazer edificações focadas em plantar jardins nas portas dos prédios. “As empresas estão entrando forte neste quesito. O Brasil está em uma posição interessante, 4º lugar, com a certificação de prédios sustentáveis. Excelente, nós estamos com a bela consciência de como fazer uma construção viável. No entanto, algo tem que ficar claro, não é plantar, que se faz sustentável. Minha preocupação é que o construtor tem que ter a consciência de fazer algo que respeite a natureza, mas ele só vai entender isso, se conseguir atender os três ‘Rs’: reduzir, reutilizar e acima de tudo reciclar”, conclui.  

 

SEM MEDO DA WEB...

 

 

Fotos e Festas completa 10 anos

sem se intimidar com a Internet

 

Revista tem hoje mais de dois mil assinantes no Estado de Minas Gerais

 

 

 

*Jornalista (JP)

Felipe José de Jesus

DRT:15263-MG (SJPMG)

Foto: Site da Revista

 

                Com os avanços tecnológicos e a entrada da Internet nos meios midiáticos, uma das maiores preocupações para os gestores da comunicação, de acordo com especialistas financeiros, é o fim do impresso, sobretudo em produtos de amplo consumo: livros, jornais e revistas, por causa dos dispositivos, Tablet e I-Pad. No entanto, para muitos, a web não representa uma ameaça, mas sim, abertura de mais campos de trabalho e, em alguns casos, o alcance da longevidade empresarial. Foi com este pensamento mercadológico, que a revista mineira Fotos e Festas, impressa, completou 10 anos no mercado editorial, provando que a Internet, é apenas uma ferramenta de auxilio e não uma intimidação.

                Em entrevista , Pedro Paulo, editor geral da revista Fotos e Festas e fotógrafo há mais de 20 anos, conhecido pela alta sociedade mineira, fala de sua entrada na imprensa escrita como colunista e fotógrafo, dos 10 anos da revista e sobre a Internet.

                “Eu entrei como colunista há 9 anos, com a Foto Galeria. Porém já fotografei pelo Estado de Minas, Diário do Comércio, O Tempo e Pampulha, até a entrada do Super, quando acabei saindo. Depois em 2005 não tinha como protelar, assumi a revista, o comercial. Hoje ela é mensal, são três turnos, com 10 colunistas e funcionários e estamos aqui. Sobre a Internet é engraçado, muitos jornalistas diziam que a revista ia fechar, só ia existir web. Temos o site, onde disponibilizamos a revista em PDF, mas que nada, desde 2001, só vi as revistas e jornais crescerem, livros serem lançados e aparecerem milhares de novidades. Hoje, BH tem mais de 10 revistas anuais, todas as empresas têm. É uma idiotice alguém dizer que a Internet algum dia, vai eliminar o papel. Ele é o maior mercado de comunicação institucional do planeta”, afirma.

                De acordo com o editor, a Internet hoje é regida por redes sociais, porém segundo ele, o melhor ponto de discussão ainda está no impresso. “Na internet, a pessoa entra sai, vai ao Orkut e Facebook, faz sua marcha e se retira, tem pouca relevância. Contudo, para você ter a notícia e um bom papo e debate, a parte sociológica e antropológica da vida ainda está no papel, nos jornais, revistas e fotos. Me diziam, grava as fotos que você produz em CD. Claro, eu registro, mas não deixo de mandar o álbum com elas impressas, os clientes cobram, para mostrar para as futuras gerações”, ressalta.

 

Tablóides são incentivos >>

                Para Pedro Paulo, a força do impresso, mesmo com o poder massivo da Internet, pode ser visto também nos tablóides de maior circulação no Brasil, como o Extra de São Paulo, O Dia do Rio de Janeiro e o Super Notícia de Minas Gerais. “No Brasil temos estes três jornais, que vendem e muito. Houve uma mudança social. O preço é um impulso claro, mas não podemos deixar de dizer que eles incentivam a leitura. O papel continua forte, a prova está ai. Diziam que a Rádio ia acabar com a entrada da TV, o Cinema com o Shopping, mas não. Com tablóides a mesma coisa. Mesmo com a web, vendem, por que muitos não têm paciência com Internet”, diz.

 

Atributo para os jornalistas >>

                Perguntado sobre o uso da web pelos profissionais de jornalismo, Paulo diz que a ferramenta agrega qualidade ao serviço produzido e ainda auxilia na pesquisa para produção de matérias e grandes reportagens. “Houve uma mudança na vida profissional do jornalista. Hoje o ele pode filmar, editar e no final fazer belas reportagens. Além disso, a pesquisa de campo que ele precisava fazer para coletar dados, hoje fica disponibilizada nos sites das instituições envolvidas no seu tema. Assim, a qualidade jornalística para as matérias, seja jornal ou revista melhorou demais, os jornalistas tem mais embasamento. Para isso serve bem”, conclui o editor. Outras informações a respeito da revista: www.fotosefestas.com .

 

 

 

EXPANO...

 

 

SICEPOT analisa campo de engenharia

e afirma que excesso não travará setor

 

 

  

Jornalista (JP)

Felipe José de Jesus

DRT:1523-MG (JP) (SJPMG)

Matéria: JEB e JCE

Foto: Alberto Salum - Divulgação

 

                Com o passar dos anos, o mercado de trabalho se aprimorou e com isso, previsões a cerca das ocupações mais rentáveis vem sendo realizadas para dar direcionamento aos recém-formados. Atualmente, a engenharia é o setor mais cobiçado e um dos motivos, se deve ao crescimento da atividade da construção no Brasil. Segundo dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), houve um aumento expressivo de 53,1 pontos, somente em julho deste ano, e a previsão é de crescimento acima deste índice nos próximos anos. Para falar sobre as perspectivas deste setor, influência da Copa do Mundo e estudantes, em entrevista, Alberto José Salum, engenheiro e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada de Minas Gerais (SICEPOT-MG), ainda afirma. “Não vai haver congestionamento de profissionais, pois é fato, oferecemos além do que o mercado precisa, e ele sempre vai precisar de mais”.

 

Você considera a construção o setor mais influente do país? Como você analisa?

É um setor importantíssimo, mas falar que é o mais influente vou ser tendencioso. De qualquer forma, não posso deixar de dizer que existem fatores impulsionadores, o tornando um diferencial. Um exemplo na criação de infraestrutura seja com a construção civil, ou mesmo a pesada, é o programa Minha Casa Minha Vida, do governo Federal. Ele está desenvolvendo o setor, dando oportunidades, porém, além dele existem outros que estão sendo criados em Minas. Podemos dizer que estes meios de atuação no mercado são gargalos para os alunos que estão saindo das faculdades, ou mesmo para os profissionais no mercado. São portas de acesso a este negócio, que está cada dia mais em ascensão. É um setor promissor, atual e com muitas vagas.

 

Você falou no programa do governo Federal. No caso, qual a responsabilidade do governo e da iniciativa privada nessa valorização do profissional?

Estamos com o movimento da Copa do Mundo de 2014, ou seja, um motivador direto. A construção é fator importante para o crescimento do país. O Brasil é a bola da vez e economicamente isso é bom, por que teremos várias obras privadas vindo para a Capital e para isso teremos que dar infraestrutura para este momento. O profissional de engenharia vai estar em todos estes processos, fará parte de tudo isso. Ele terá um papel fundamental nestas situações e mudanças que virão.

 

Como será o futuro dos engenheiros daqui 10 anos, já que o setor oferece tantas vagas? Haverá excesso de profissionais e menos oportunidades?

Não, pelo amor de Deus, afirmo e repito, não vai haver congestionamento de profissionais, pois oferecemos além do que o mercado precisa, e ele sempre vai precisar de mais. Você falou em 10 anos, eu já comentei sobre 5 ou 6 anos, mas aumento para você e conto, daqui 10 anos vai continuar ao mesma coisa. A explicação é muito simples, os engenheiros conseguem se adaptar em outros setores e bem formado, tem emprego em qualquer lugar. Exemplo tenho amigos que ser formaram comigo e que estão na economia, comunicação, comércio e etc. Quem quer atuar no setor, atua. Todavia lembro, quem forma em engenharia, consegue se adaptar em qualquer espaço, em qualquer campo.

 

Mesmo com tantas crises econômicas, a construção poderá continuar a crescer?

Toda crise gera problemas, você conhece alguma que não?. Alguns países vão sentir mais é inevitável, porém estive em uma palestra com a presidenta Dilma Rousseff, onde ela disse que estamos preparados, temos como ficar imunes e como continuar a andar. Na minha visão, em 2008 o governo Federal estava mais capitalizado, era um processo que vinha ascendente em termos de economia, o ex-presidente Lula brincou sobre a marolinha, foi relevante, mas tínhamos algumas reservas e o período turbulento passou. No Brasil, a infraestrutura não será abalada, a não ser que aconteça uma catástrofe. Só que sou otimista, penso positivo sempre.

 

Depois da Copa do Mundo e Olimpíadas, período em que o mercado aposta na profissão, o que vai restar para os engenheiros?

Restar?. Veja, eu acho que o mercado não está só voltado para Copa e Olimpíadas, você pensa assim, é um erro as pessoas acharem isso. Vou te explicar, olha só, o governo tem o programa Minha Casa Minha Vida, já o governo Estadual tem os programas, ProAcesso e o Caminho de Minas que começa no ano que vêm, todos nada a ver com o evento. Temos outras construções que não dependem, como um aeroporto, o Metrô, obra que eu acredito que não vai ficar pronta até lá. No caso dos estádios que vão ser revitalizados, a exemplo, o Mineirão, ele precisa de uma modernização independente de Copa, pois foi inaugurado em 1963. Todos estes processos são prerrogativas para o crescimento da engenharia no país. A Copa do Mundo está na mídia, nos jornais na TV, já a engenharia, eu afirmo apenas quem está no setor, sabe como ele caminha.

 

O que os futuros profissionais terão que fazer para se manter neste mercado cada dia mais concorrido?

Entendo que qualquer profissão tem que ser levada a sério. Seja em comunicação, medicina, direito. Só que se especializar é necessário, pois no mercado existe uma seleção dos bons e fracos profissionais e a cada dia o mercado está apertando mais. Não só nestas, mas na engenharia, é importante fazer MBA, Pós, ser honesto e acima de tudo vestir a camisa da empresa. Digo isso tanto em bons momentos, quanto em crises. Tenho profissionais que ficaram comigo, estudaram mais durante o período de crise e até hoje estão conosco, se destacando.

 

Você acredita então, que o mercado de engenharia, tanto setor, quanto empregabilidade no geral estão bem?

O mercado está bom e o país está em crescimento. Sabemos que todos os países correm o risco, só que e o governo e a indústria estão trabalhando para evitar problemas futuros. No meu setor, lamento que as empresas não tenham consigam sempre tanto sucesso financeiro. É um desabafo meu, mas todos produzem o máximo, contudo com rentabilidade baixa. Eu como presidente do SICEPOT, vejo que as empresas estão perdendo saúde, trabalhando muito, mas com uma margem de lucro baixa, eu acho que parte da beira de lucro tem que ser preservada. Digo isto, para que se possa manter os funcionários e os nossos estudantes de engenharia. É melhor fazer a empresa ter saúde, do que inchar a máquina pública de contratação, pois o inchaço e um problema muito sério.