COMÉRCIO ELETRÔNICO..
Vendas no E-commerce
brasileiro crescem 26%
País ocupa 7ª colocação mundial em potencial de
vendas segundo Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico
Leonardo Bortolleto:
“O aumento do poder econômico da Classe C e a facilidade de
crédito, estão auxiliando no crescimento do E-commerce”
(Foto: Zoom Comunicação)
*Jornalista (JP)*
Felipe José de Jesus
Reg. Prof. DRTJP:15.263-MG (SJPMG)
Matéria publicada JEB e JCE
Comprar, ou mesmo pesquisar preços pela internet, há uns 10 anos atrás era motivo de preocupação para muitos consumidores, já que os casos de empresas fantasmas na web eram muito comuns. Contudo, com o passar do tempo, a internet ganhou força, credibilidade e o comércio eletrônico, conhecido mundialmente como, E-Commerce também. De acordo com dados da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (CBCE), de 2011 para 2012, o comércio eletrônico arrecadou R$18,7 bilhões, crescimento de 26%. Além disto, o Brasil ocupa a 7º colocação mundial em potencial de vendas web, podendo chegar a 4ª em 2015, segundo pesquisa T-Index, do Centro de Estudos Translated.
Para falar sobre o tema, em entrevista ao jornal Edição do Brasil, Leonardo Bortoletto, administrador de empresas e diretor comercial da Web Consult, empresa especializada em marketing/consultoria e produção de software em Belo Horizonte, descreve que, o crescimento nas vendas, pode estar entrelaçado ao número de pessoas nas Redes Sociais. Além disto, por causa da massificação de plataformas móbile no Brasil. “O Brasil está se tornando cada vez mais um país conectado. Já somamos 78,5 milhões de usuários no país, segundo IBOPE em 2011. Os fatores importantes que vem impulsionando este crescimento de vendas são: o crescente número de lan-houses, pontos de acesso gratuitos, a disseminação do acesso por meio de plataformas móbile como: tablets e celulares. Fora isso, o aumento do poder econômico da Classe C e a facilidade ao acesso ao crédito. Sem falar da acessibilidade de planos de banda larga e/ou 3G”, diz.
Bortoletto ainda ressalta que a Classe C é a que mais vem impulsionado este setor. “Além destes fatores que citei, quando falo da classe C, lembro que ela corresponde a 51% da população, é bem expressiva. O aumento do poder aquisitivo desta classe vem refletindo no acréscimo das vendas e isso já começou há 3 anos. Exemplo: em 2009, dos 17 milhões de usuários que realizaram compras on-line, 42% pertenciam a essa classe. Por isso afirmo, a tendência é que esse número cresça daqui para frente. Uma prova, é que segundo estimativas do e-bit, para este ano e ano que vem, é que o aumento do faturamento deste comércio, fique na casa dos 30%”.
Instrumento de utilidade >>
Leonardo esclarece que o E-commerce, vem auxiliando também, os empresários, não só na questão de vendas, mas também como ferramenta de apoio na comparação e formação de preços. “Um ponto muito importante interessante do E-commerce, é que ele, não é utilizado somente como meio de compra propriamente dito. Hoje é muito usado como comparador de preços e vantagens, tanto para consumidores, quanto empresários. Nesse tocante leva vantagem às plataformas de E-commerce de lojas que atuam também no meio físico. Com o efeito da comparação, o envolvimento da Classe C é notoriamente aumentado”, diz Bortoletto.
Para Jeferson dos Anjos, diretor de tecnologia da informação do portal de vendas de veículos novos e seminovos - Nube Motors – BH, o uso do comércio eletrônico é vital. “Com a ferramenta, oferecemos aos clientes todo controle gerencial da empresa. Entre eles, administração financeira, controle da documentação dos veículos, integração direta com despachantes e integração com diversos classificados on-line, como: Nube Motors, ICarros, Olx. Para 2012, esperamos consolidar o Sistema de Gestão do Nube Motors como o principal software gerencial das revendas multimarcas do país. Por isso afirmo, o portal é um auxilio direto para as vendas”.
Dicas essenciais para ter um comércio eletrônico >>
Leonardo Bortoletto ainda deixa algumas dicas importantes, para quem deseja ser empreendedor usando a internet. “Primeiro, analisar a concorrência on-line e traçar a estratégia ideal para a solução. Segundo, escolher bem a tecnologia é de fundamental importância. Deve-se investir em soluções com tecnologia de ponta, porém acessíveis, que não gerem ao cliente o problema de dependência de profissionais muito específicos, de alto custo. Terceiro, antes do lançamento, traçar a estratégia on-line de divulgação, que no caso de conter mix de mídias, é trabalhado junto com a agência de comunicação do cliente. Quarto, depois do lançamento, é fundamental o acompanhamento diário, isso, diário, da evolução dos indicadores. Desta forma, a possibilidade de crescimento e de sucesso é certo”, conclui Bortoletto.
Assista a entrevista ( TV ) com Leonardo Bortolleto
sobre Marketing Digital
CONSUMIDOR...
Cresce financiamento de automóveis
mas especialista alerta consumidor
Advogado adverti que contrato de adesão não
é explicado devidamente para o comprador
DAMATO: “Não tenha vergonha de perguntar,
é obrigação da financeira, esclarecer itens ambíguos e técnicos”
*Jornalista (JP)*
Felipe José de Jesus
DRT:15.263-MG (SJPMG)
Matéria publicada em JEB/ JCE e Revista Correio
O antigo sonho de adquirir um automóvel zero, vem se tornando cada vez mais, uma realidade para as famílias brasileiras e, isso, por causa das facilidades de pagamento criadas pelos bancos, através do financiamento. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o ano de 2011 foi histórico na venda de veículos. Mais de 3,4 milhões foram emplacados e cerca de 54%, foram adquiridos pelo financiamento. No entanto, mesmo com este crescimento, especialistas da área jurídica chamam atenção dos consumidores, pois, muitos estão sendo lesados pelos bancos.
Para alertar sobre os perigos no financiamento, em entrevista, o advogado Frederico Damato, da Amaral e Damato advogados BH-MG, explica como descobriu os excessos. Além disso, denuncia os abusos nos contratos, como: cobrança de juros capitalizados, o juro sobre juros, taxas de abertura de crédito, registro de contrato, avaliação do bem e comissão de vendedores das concessionárias de veículos.
“Descobri estes erros dos bancos, a partir de um confronto entre as cláusulas contratuais com o Código de Defesa do Consumidor. Nessa análise pudemos constatar que o consumidor é desrespeitado em uma série de cláusulas impostas pelos bancos como a cobrança de juros capitalizados e as outras que já citei. E como os contratos são de adesão, o consumidor não tem a possibilidade de discutir as cláusulas. Isso sem falar, que são recheados de termos técnicos e os bancos não explicam. Quando a pessoa tenta negociar algum item, é informado de que tem que ser assim para ser aprovado”, diz.
Questionado sobre como o consumidor pode identificar estes abusos, Frederico Damato é direto e diz que o consumidor peca ao não ler direito o contrato. Por isso, ele deixa algumas dicas. “Uma leitura atenta já ajuda muito. No contrato, ele deve verificar o Custo Efetivo Total, os serviços de terceiros, serviços autorizados, qualquer tipo de comissão, taxas de abertura de crédito, taxas de análise de contratos ou de avaliação do bem. Esses itens não podem constar no preço final do financiamento. Na dúvida, não tenha vergonha de perguntar, é obrigação da financeira, esclarecer itens ambíguos e técnicos”.
Para Damato, a falta de esclarecimento, é uma prática ilegal dos bancos. “É prática ilegal. A lógica dos bancos não explicarem os termos é muito simples. Se explicarem, certamente muitos consumidores iriam questionar o contrato, pedir abatimento do valor ou mesmo desistirem do negócio. E como é pequeno o volume de consumidores que recorrem à Justiça para questionarem os seus direitos, isso em relação ao volume de contratos assinados, a situação acaba tornando-se um bom negócio para os bancos”.
Juros compostos >>
Fora os abusos citados nos contratos, Frederico lembra dos juros compostos e explica como identificar. “Estes juros recebem o nome técnico de anatocismo. Essa prática é, inclusive, proibida pelo Supremo Tribunal Federal. É uma das artimanhas mais difíceis do consumidor descobrir, pois envolve profunda técnica contábil. Para ver, basta dividir o valor da taxa anual por 12. O valor encontrado deve ser idêntico ao valor da taxa mensal. Exemplo: eu estou no momento, com um contrato que traz uma taxa mensal de 2,17%. A taxa anual deveria ser 26,04%, mas a que está no documento é de 29,38%. Está errado”, ressalta.
Ação judicial é a única alternativa >>
Damato lembra que já atendeu mais de 40 processos com esse tipo de cobrança. Segundo ele, a única alternativa para reduzir o valor do financiamento, é através de ação judicial. Atualmente, entre os já beneficiados com a revisão do financiamento, está o coordenador de TI, Júnio de Moura Alves, que relata sua satisfação. “Eu comprei um Fiat Uno em 2009, financiado em 60 parcelas. Quando paguei a 24ª parcela, foi informado por alguns amigos meus, que eu poderia estar pagando além do que deveria. Faltavam 36 parcelas no valor de 24 mil. Com a ação, conseguimos um acordo com o banco e agora vou pagar apenas R$10 mil, divididas em 10 parcelas de R$1 mil. Sucesso total, valeu a pena”, comemora o consumidor.